DOSES DE ESPIRITUALIDADE
Maria, Madre di Misericordia, fa' che manteniamo sempre viva la fiducia nel tuo Figlio, nostro Redentore. (San Giovanni Paolo II)
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Tornar-se Mãe
Por Zulmira Reis
Os nossos avós também ficaram velhinhos e foi preciso ajudar a cuidar: os avôs partiram mais cedo e eram os filhos que lhes prestavam assistência juntamente com a avó; as avós andaram “por casa dos filhos” e quando era o tempo da nossa mãe cuidar fazia a higiene com elas, cuidava da roupa e da alimentação e nós brincávamos e entretínhamo-nos com elas e com os nossos irmãos mais pequenos. Depois a avó foi para o Lar porque alguns tios eram emigrantes e outros não podiam cuidar dela porque trabalhavam fora e já era muito difícil serem sempre os mesmos, eram dez irmãos.
Fomos crescendo e a mãe foi sendo sempre o nosso pilar, com o pai, discreto, a apoiar à distância, o que a mãe dissesse, o pai não desdizia. Fomos saindo de casa, casando, sendo mães e pais de família e os nossos pais tornaram-se avós de muitos netos e o pai regressou a Portugal e ainda viveram bastantes anos os dois na nossa companhia.
Há cerca de dez anos que o pai partiu para o Céu e a mãe ficou mais sozinha. Somos muitos e ela encontrou uma solução à sua medida que funcionava bem: consoante as suas necessidades dirigia-se mais a um filho sobre um assunto particular, sobre a saúde a outro, sobre o campo a outro ou a todos os que vão a sua casa. É tão bom ver que ama as suas noras e genros como seus filhos e que este amor é correspondido!
Ficamos contentes com as suas ocupações a que se pôde dedicar mais depois da morte do marido; sempre fez voluntariado, é caridosa para tantas famílias; o pai ficava contente com estas acções. Gosta de participar nas actividades da igreja e é membro de alguns movimentos e canta no Coro da capela de Santa Luzia. Animava o Centro de Convívio para Idosos (não se considera utente com 81 anos).
Os anos foram passando e as maleitas físicas foram sendo atacadas com algumas cirurgias e medicação; a nível emocional, por vezes sentia-se triste, sem vontade de reagir… e aqui foi mais difícil de afinar mesmo com ajuda de especialistas. E há algum tempo que a memória recente a atraiçoa; que se fixa em pensamentos que assume como reais mas não são…foi-lhe diagnosticado Alzheimer moderado. A medicação foi adaptada mas as situações de esquecimento e alterações de humor acontecem…
Depois veio a pandemia que nos fechou em casa e o nosso cuidado era protegê-la sem a colocar numa redoma, o quintal e os animais foram a sua distracção pois teve de deixar as actividades comunitárias, os meus irmãos imigrantes começaram a ligar mais vezes, os filhos e os netos a irem mais amiúde a sua casa mas desfasados. Foi neste ambiente que celebramos os seus 80 anos de vida… e foi neste contexto que nos começamos a aperceber que a nossa mãe estava mais frágil, apesar de termos feito as consultas de neurologia, que algo se passava…e os que passavam mais tempo com ela foram os primeiros a aperceber-se: o seu esforço para estar bem… as poucas palavras…o isolamento…o não querer sair do seu cantinho…e a guerra na Ucrânia na televisão (apesar de ver pouca) …
A retirada das restrições já pouco lhe interessou!
continua
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