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Zelo Apostólico - Santa Teresinha

Catequese do Papa Francisco

 

 

A paixão pela evangelização: o zelo apostólico do crente
- Santa Teresa do Menino Jesus, Padroeira das Missões -
(Papa Francisco)

 

Estão aqui diante de nós as relíquias de Santa Teresa do Menino Jesus, padroeira universal das missões. É bom que isto aconteça no momento em que estamos a refletir sobre a paixão pela evangelização, sobre o zelo apostólico. Portanto, hoje deixemo-nos ajudar pelo testemunho de Santa Teresa. Ela nasceu há 150 anos e, por ocasião deste aniversário, tenciono dedicar-lhe uma Carta Apostólica.

É a padroeira das missões, mas nunca esteve em missão: como se explica isto? Era uma monja carmelita e a sua vida foi marcada pela pequenez e pela fragilidade: ela definia-se “um pequeno grão de areia”. De saúde frágil, morreu com apenas 24 anos. Mas se o seu corpo estava doente, o seu coração era vibrante, era missionário. No seu “diário” conta que ser missionária era o seu desejo e que queria sê-lo não apenas durante alguns anos, mas por toda a vida, aliás até ao fim do mundo. Teresa foi “irmã espiritual” de vários missionários: do mosteiro acompanhava-os com as suas cartas, as suas orações e oferecendo sacrifícios contínuos por eles. Sem aparecer, intercedia pelas missões, como um motor que, escondido, dá a um veículo a força para ir em frente. No entanto, muitas vezes era incompreendida pelas suas irmãs monjas: teve delas “mais espinhos do que rosas”, mas aceitava tudo com amor, com paciência, oferecendo, juntamente com a sua doença, também os julgamentos e as incompreensões. E fê-lo com alegria, fê-lo pelas necessidades da Igreja, para que, como dizia, se espalhassem “rosas sobre todos”, especialmente sobre os mais afastados.

Mas agora, questiono-me, podemos perguntar-nos de onde vem todo este zelo, esta força missionária e esta alegria de interceder? Dois episódios que aconteceram antes da entrada de Teresa no mosteiro ajudam-nos a compreender melhor. O primeiro diz respeito ao dia que mudou a sua vida, o Natal de 1886, quando Deus fez um milagre no seu coração. Teresa teria completado 14 anos. Sendo a filha mais nova, em casa era mimada por todos, mas não “mal crescida”. Quando regressa da missa da meia-noite, o pai, muito cansado, não tinha vontade de assistir à abertura das prendas da filha e disse: «Ainda bem que é o último ano!» pois com 15 anos já não se fazia mais. Teresa, de natureza muito sensível e de lágrimas fáceis, fica magoada, vai para o seu quarto e chora. Mas rapidamente reprime as lágrimas, desce e, cheia de alegria, anima o pai. O que aconteceu? Que naquela noite, em que Jesus se tinha feito débil por amor, ela se tinha tornado forte de espírito – um verdadeiro milagre: em poucos instantes, tinha saído da prisão do seu egoísmo e da sua autocomiseração; começou a sentir que “a caridade lhe entrava no coração, com a necessidade de se esquecer de si mesma” (cf. Manuscrito A, 133-134). A partir de então, dirigiu o seu zelo para os outros, para que encontrassem Deus, e em vez de procurar consolar-se a si mesma, pôs-se a «consolar Jesus, [para] torná-lo amado pelas almas», porque - anotou Teresa, «Jesus está doente de amor e [...] a doença do amor não pode ser curada senão pelo amor» (Carta a Marie Guérin, julho de 1890). Eis então o objetivo do seu dia a dia: «fazer amar Jesus» (Carta a Céline, 15 de outubro de 1889), interceder a fim de que outros o amassem. Escreveu: «Gostaria de salvar almas e de me esquecer de mim mesma por elas: gostaria de as salvar inclusive depois da minha morte» (Carta ao Padre Roullan, 19 de março de 1897). Várias vezes disse: «Passarei o meu céu a fazer o bem na terra». Este é o primeiro episódio que lhe mudou a vida aos 14 anos.

E este seu zelo era dirigido sobretudo aos pecadores, aos “distantes”. O segundo episódio revela isto. Teresa toma conhecimento de um criminoso condenado à morte por delitos horríveis, chamava-se Enrico Pranzini – ela escreveu o nome: considerado culpado do assassínio brutal de três pessoas, está destinado à guilhotina, mas não quer receber os confortos da fé. Teresa leva-o a peito e faz tudo o que pode: reza de todas as maneiras pela sua conversão, para que ele, a quem com compaixão fraterna chama «o pobre diabo do Pranzini», possa ter um pequeno sinal de arrependimento e dar lugar à misericórdia de Deus, em quem Teresa confia cegamente. A execução tem lugar. No dia seguinte, Teresa lê no jornal que Pranzini, pouco antes de apoiar a cabeça no cadafalso, «de repente, tomado por uma súbita inspiração, volta-se, pega no Crucifixo que o sacerdote lhe apresentava e beija três vezes as sagradas chagas» de Jesus. A santa comenta: «Então a sua alma foi receber a sentença misericordiosa d’Aquele que declarou que no Céu haverá mais alegria por um só pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não têm necessidade de penitência!» (Manuscrito A, 135).

Irmãos e irmãs, eis o poder de intercessão movido pela caridade, eis o motor da missão. Com efeito os missionários, dos quais Teresa é padroeira, não são apenas aqueles que vão longe, aprendem novas línguas, fazem boas obras e são bons anunciadores; não, missionário é também todo aquele que vive, onde está, como instrumento do amor de Deus; que faz tudo para que, através do seu testemunho, da sua oração, da sua intercessão, Jesus passe. Este é o zelo apostólico que, recordemos sempre, nunca se realiza por proselitismo – nunca! – ou por constrição – nunca – mas por atração: a fé nasce por atração, não nos tornamos  cristãos por sermos forçados por alguém, não, mas por sermos tocados pelo amor. A Igreja, perante tantos meios, métodos e estruturas, que por vezes desviam do essencial, precisa de corações como o de Teresa, corações que atraem pelo amor e nos aproximam de Deus. E peçamos à santa – temos as relíquias aqui – peçamos à santa a graça de vencer o nosso egoísmo e peçamos a paixão de interceder a fim de que esta atração seja maior nas pessoas e para que Jesus seja conhecido e amado.

 

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