DOSES DE ESPIRITUALIDADE
Dio creò ogni creatura, e Maria generò Dio: Dio, che aveva creato ogni cosa, si fece lui stesso creatura di Maria, e ha ricreato così tutto quello che aveva creato. (Sant'Anselmo)
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1ª Catequese FCIM 2023-24 As razoes da Encarnação ( segunda parte)
de P. Luigi Polvere
O Verbo se fez carne para que pudéssemos conhecer o amor de Deus: “Nisto se manifestou o amor de Deus por nós: Deus enviou o seu Filho unigênito ao mundo, para que por meio dEle tenhamos vida” (1 João 4,9). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
O Verbo encarnado não só nos revela que Deus é amor misericordioso, mas nos introduz na comunhão de amor que existe entre Pai, Verbo e Espírito.
Jesus diz várias vezes aos seus discípulos: «Como o Pai me amou, eu também vos amei. Permanecei no meu amor” (Jo 15,9). Portanto, o mesmo amor que o Pai tem eternamente pelo Verbo nos é comunicado na história através da humanidade de Jesus que nos mostra a verdadeira face de Deus: um Pai que ama e provê o bem dos seus filhos.
A encarnação de Deus era impensável pelo homem. Deixando de lado a mitologia greco-romana, onde os deuses não são Deus, mas ídolos, portanto construídos pela imaginação humana, o homem nunca poderia ter formulado a hipótese da encarnação de Deus. Os grandes filósofos antigos, como Platão e Aristóteles, nem sequer levaram em conta essa possibilidade. Mas Deus fê-lo: através da encarnação quis revelar-se e comunicar-se ao homem para que este se tornasse seu amigo e membro da família. São Paulo diz: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, ainda quando estávamos mortos pelas nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo: pela graça sois salvos” (Ef 2 :4-5).
Nesse sentido, Deus quis nos dizer quanto somos preciosos para Ele e o que Ele está disposto a fazer por nós. O amor de Deus nunca se detém no cálculo, apenas na justiça, mas vai além e ao dom da vida Deus acrescenta o perdão dos pecados e uma nova vida eterna que nasce da comunhão com Ele, que é um dom ainda maior, mais belo que a própria vida.
Um santo dizia em um dos seus escritos: “Jesus tem um grande desejo do qual, podemos dizer, se fez prisioneiro: fazer transbordar a sua misericórdia onde abundava a culpa. Ele quer que o amor abunde onde abundou o medo, quer que os desígnios amorosos da sua caridade divina abundem onde abundaram os enganos do amor próprio. Sempre, todos os dias, se ouvires a Sua voz, ela te diz: «O meu coração é um abismo infinito de bondade, porque sou Homem-Deus e por isso o Meu coração é o coração de Deus que ama infinitamente as suas criaturas».
A nível espiritual, isto permite-nos viver a nossa existência com grande confiança; não somos os donos da nossa existência, não é verdade que as coisas dependem apenas de nós, mas tudo nos vem do Seu Amor e da Sua Providência Paterna, que tudo dispõe para o nosso bem e para a nossa santificação.
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Dio creò ogni creatura, e Maria generò Dio: Dio, che aveva creato ogni cosa, si fece lui stesso creatura di Maria, e ha ricreato così tutto quello che aveva creato. (Sant'Anselmo)