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OS DOGMAS DA FÉ (CJC 88-100)

O Catecismo da Igreja Católica explicado pelos Servos e Servas do Coração Imaculado de Maria (PARTE I)

FEVEREIRO 2022 Os Dogmas da Fé (CIC 88-100)

PARTE I

O tesouro contido no depósito da fé

“As palavras de Cristo são sempre cumpridas, mas da mesma forma também estão também em via de comprimento; todos os dias eles são cumpridas, mas seu cumprimento nunca termina "(Orígenes)

Como de uma rica mina de ouro ou diamantes, sempre podem ser extraídos novos fios ou novas gemas, e delas, com o avanço da ciência e da tecnologia, é possível um trabalho cada vez mais refinado, que dá espaço para aprecia-lhes sempre mais o valor e preciosidade. Assim é com o depósito da fé. É composto de tudo o que Cristo nos revelou. Deus procura o homem para se revelar a ele e estabelecer com ele uma aliança de amor. A primeira aliança, que Deus estabeleceu com Abraão, foi cumprida em Jesus: autor da Nova e Eterna Aliança. Foi Ele quem nos mostrou verdadeiramente o Rosto do Pai, através da Sua Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição. Ele é "o Verbo eterno" por meio de quem o Pai nos disse tudo o que precisávamos saber e tudo o que Ele queria nos dizer sobre Si mesmo para nossa salvação. Cada palavra de Cristo, cada gesto seu, cada atitude, cada obra que realizou, tem valor eterno e é para nós a revelação do Pai, fala-nos do Pai e nos fala da parte do Pai. O depósito da fé foi confiado primeiro aos Apóstolos e depois aos seus sucessores Bispos, precisamente para que nada se perdesse, mas, pelo contrário, fosse preservado com cuidado, aprofundando cada vez mais a compreensão da fé, segundo a Palavra do Senhor: " Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse: Há de receber do que é meu, e vo-lo anunciará.”. (Jo 16, 12-15) Ao longo dos séculos, os Padres da Igreja trabalharam arduamente para tornar explícitas as verdades da fé contidas na Revelação, para formulá-las cada vez melhor, às vezes cunhando novos termos, ou dando novos significados a termos filosóficos já existentes. Muitas dessas verdades estão contidas no Credo, as outras estão intimamente ligadas a elas: Deus um e trino: Pai, Filho e Espírito Santo; a Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo; a Igreja; a remissão dos pecados; a ressurreição da carne e a vida eterna. Também a liturgia, com as suas celebrações, festas e solenidades, permite-nos aprofundar e viver vários dogmas não expressos no Credo, como o Corpus Domini (Corpo de Deus) ou a Imaculada Conceição.

"Na liturgia encontramos a exposição completa e simples, ordenada e profunda de todas as maravilhas operadas por Deus para a nossa santificação e a nossa saúde; lá encontramos a Revelação no que há de mais perfeito e mais adequado para nossas almas; numa exposição que fala aos olhos do corpo e da imaginação, movendo nas suas profundezas mais íntimas a alma que a acompanha cuidadosamente." (Columba Marmion, Cristo Ideal do monge XVI, IV)

Os dogmas da fé 

CIC 88. O Magistério da Igreja faz pleno uso da autoridade que lhe vem de Cristo quando define algum dogma, isto é, quando, de uma forma que obriga o povo cristão a uma irrevogável adesão de fé, propõe verdades contidas na revelação divina, ou mesmo quando propõe de forma definitiva verdades que têm uma conexão necessária com elas.Portanto, as verdades da fé são sempre as mesmas, o tesouro que Cristo confiou aos seus discípulos permanece inalterado. O que aumentou é a compreensão de fé, a consciência dos crentes a respeito da profundidade e preciosidade desse tesouro. Mas não se trata de um tesouro inerte, petrificado, como se fosse uma simples lembrança do passado; mas de uma realidade viva e atuante, como o próprio Cristo está vivo e atuante na Igreja.

A Igreja sentiu a necessidade de afirmar fortemente essas verdades, mesmo contra doutrinas contrárias ou enganosas, que longa a história foram propostas pelos hereges, e afirmá-las de forma clara e obrigatória.

O dogma é precisamente isto: uma verdade revelada por Deus e infalivelmente definida como tal pela Igreja. Literalmente, a palavra "dogma" em grego significa "opinião, doutrina", mas também pode significar "decreto, prescrição legal". Parece ter sido usado pela primeira vez com seu significado atual em 1563 por Melchor Cano (teólogo católico espanhol, filósofo e bispo). O conteúdo da verdade, que o dogma expressa, está incluído na Revelação, a fórmula do dogma, por outro lado, é fruto do estudo e da meditação da Igreja ao longo do tempo e pode ser aperfeiçoada, para expressar cada vez melhor a verdade a que se refere. A Tradição da Igreja, como foi dito, é uma realidade viva, que cresce com quem a medita, quem a estuda com fé e amor, por isso o desenvolvimento dogmático muitas vezes se deve precisamente a uma maior compreensão da Revelação. O dogma da Assunção de Maria ao Céu em corpo e alma, definido por Pio XII em 1950, é um deles. Outras vezes, porém, foram as adversidades, as acusações, os momentos difíceis, em que certas verdades foram atacadas, distorcidas ou questionadas, que permitiram uma maior reflexão, uma formulação mais clara, uma definição real dessa verdade, já conhecida, mas ainda não bem definida. Nos primeiros séculos da Igreja, por exemplo, alguns hereges negavam que Cristo fosse homem e Deus, alguns diziam que ele era apenas Deus, outros que ele era simplesmente um homem, ou uma "divindade inferior", e muito mais. Esta foi a ocasião para aprofundar e tentar compreender, através da oração, estudo e discussão, o que era a verdade; chegando a afirmar que Ele é verdadeiro homem e verdadeiro Deus: "... Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, da mesma substância do Pai [...] para nós homens e para nossa salvação desceu do Céu e por obra do Espírito Santo encarnou no seio da Virgem Maria e se fez homem” (Credo Niceno-Constantinopolitano).

Séculos depois, porém, o protestantismo negou a validade de alguns sacramentos (Lutero afirmou que os únicos sacramentos são o batismo e a eucaristia), então o Concílio de Trento, após um longo e cansativo trabalho, veio a definir irrevogavelmente que os sacramentos são sete, listando como os conhecemos, e reiterando que todos foram instituídos por Cristo, são diferentes uns dos outros, necessários para a salvação e conferem graça. Já existiam antes, sempre presentes na Igreja, embora com formas diversas nas várias épocas, mas as circunstâncias impunham a necessidade de afirmar a verdade com maior força e clareza.

Os vários dogmas, então, como todas as verdades da fé, estão ligados entre si, entrelaçados como a trama de um tecido, embora com graus variados de importância. Por exemplo, quando os hereges afirmavam que Cristo era simplesmente um homem, eles também afirmavam - conseqüentemente - que Maria era a mãe de um homem ("cristotokos") e não de Deus ("teotokos"). Assim, quando os Padres da Igreja definiram que Cristo era inseparavelmente Deus e homem, confirmaram também que Maria Santíssima era realmente a Mãe de Deus.

 

 

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