de Margarida Catarino
“Encontro com o Papa: uma graça jubilar”
Tor Vergata foi o local onde milhares de jovens peregrinos se uniram num só coração para escutar as palavras do Santo Padre.
A Vigília decorreu no dia 2 de agosto de 2025 em Tor Vergata, com muita música e animação. Era notório o desejo sentido em todos os corações dos jovens ali presentes pelo momento da chegada do Papa a este local. Assim que este chegou, deu-se início à Vigília.
Esta começou da melhor maneira: em adoração ao Santíssimo Sacramento. Foi maravilhoso e de uma enorme profundidade o silêncio que dominou aquele local ao chegar o Santíssimo exposto. Mais de 1 milhão de jovens acompanhou o Papa num grandioso momento de adoração a Jesus, nosso Deus. Neste silêncio era evidente a presença de uma força que unia todos os corações. Milhares de jovens de todas as partes do mundo estavam ali, ligados por um único desejo: o de encontrar Jesus ressuscitado.
Ainda neste contexto de encontro, três jovens dirigiram-se ao Santo Padre colocando-lhes questões que inquietam os corações de vários jovens de todo o mundo e refletem o tempo presente vivido. Questões como a busca pela amizade numa sociedade onde a solidão moderna se esconde por detrás de redes sociais, havendo conexões que não passam de ilusões, o Santo Padre relembra-nos que na fé e na amizade com Cristo é possível encontrar amizades verdadeiras, sinceras, duradouras e que edificam. Assim como dizia Santo Agostinho “Não há autêntica amizade se não for em Cristo. E a verdadeira amizade encontra-se sempre em Jesus Cristo, com verdade, amor e respeito”.
Nesta Vigília e neste silêncio em forma de oração, o Santo Padre relembrou-nos que para encontrar Jesus Ressuscitado devemos escutar a Sua Palavra, o Evangelho da Salvação, prestar auxílio aos mais necessitados, adorar Jesus no Santíssimo Sacramento, estar unidos a Jesus Cristo em cada ação do nosso dia e pedir-lhe incessantemente “Fica connosco Senhor” (Lc 24, 29).
No domingo, a Eucaristia presidida pelo Santo Padre pareceu prolongar o sentido de comunhão da noite anterior, agora reunidos no Sacramento da Eucaristia, seguimos a nossa jornada de peregrinos como os discípulos de Emaús ao encontro com Cristo Ressuscitado que ilumina o nosso olhar, renovando-o.
Na homília, o Santo Padre reaviva a esperança de que não fomos feitos para uma vida parada, mas sim “para uma existência que se renova constantemente no dom, no amor”. Santo Agostinho ao refletir sobre a sua intensa busca por Deus conclui que o objeto da nossa esperança não é a criação mas sim o Criador: “Procura quem as fez. Ele é a tua esperança”(Santo Agostinho). Assim, devemos aspirar às coisas do Alto e não nos conformarmos com a realidade passageira deste mundo.
Como dizia o Papa Leão XIV "a nossa esperança é Jesus” e é esta esperança que nos sustenta nas fragilidades e nos envia como testemunhas do Seu amor e da Sua paz para o mundo.