PEREGRINAÇÃO A FÁTIMA

De Ana Rafaela Freitas

 Com a expectativa de que seria apenas uma semana normal na casa dos Servos, apenas uma peregrinação em que iríamos visitar Fátima, que já tanto conhecemos, segui viagem. Uma vez que vinham também raparigas italianas, pensei que isso me fosse impedir de viver esta peregrinação da melhor forma pela diferença de língua, no entanto não foi o que aconteceu. Apesar de não falarmos a mesma língua, sentimos todas o amor que Deus tem por nós e no fundo sentíamos uma grande amizade fundamentada no Seu amor, todas tínhamos uma fé simples e sem fronteiras. Como Deus ama todos de igual forma e sem distinção.

 Aquelas semanas foram um desafio. Estávamos um pouco separadas pela língua, mas apesar disso conseguimos superar esse desafio e conviver numa casa cheia de idiomas. Uma amizade fundamentada em Deus não se inveja, não se orgulha, não tem diferenças, nem separações. Foram dias cheios de conversas com as irmãs, padres e amigas. Houve momentos em que eram mais leves e engraçados, mas também momentos de grande fé e reflexão, com as irmãs e com os padres, onde nos ajudaram a aprofundar a nossa fé e a ir ao encontro de Jesus, Nossa Senhora e os Pastorinhos.

 Apesar de já conhecer Fátima e a sua história, esta peregrinação foi uma forma de recordar a história de Nossa Senhora e os três Pastorinhos e aprofundar a minha fé. Visitámos a casa dos Pastorinhos, rezámos junto do Santuário de Fátima em comunidade, fomos ao museu de cera, onde tive a oportunidade de refletir sobre a história de Fátima, e escutámos o maravilhoso testemunho de vida da Irmã Paola. Além disso, visitámos a Nazaré, onde rezámos o terço junto de Nossa Senhora da Nazaré, que nos acompanhou ao longo da nossa viagem.

 Cada vez que oiço com mais pormenores a história de Fátima, foco-me num determinado detalhe e reflito sobre o mesmo, e nesta peregrinação refleti essencialmente sobre o facto de Nossa Senhora ter aparecido a três humildes e modestas crianças, que entendiam tão bem o amor de Deus. Entender o amor puro do Senhor e vê-lo nos momentos menos bons do dia-a-dia é algo que me é bastante difícil de fazer, por isso devemos usar estas três simples crianças como exemplo para procurar o Senhor mesmo nos momentos mais complicados.

 Gostaria de agradecer por este convite, e esta peregrinação tão simples e especial, e por todas as pessoas que tenho conhecido ao longo desta caminhada. Por meio do Imaculado Coração de Maria e de Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.