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A Sacralidade da Liturgia

Sentido do Sagrado

A SACRALIDADE DA LITURGIA

Por Dom Andrea Tosca

"Sem dúvida, a beleza dos ritos nunca será bastante procurada, nem suficientemente cuidada nem assaz elaborada, porque nada é demasiado belo para Deus, que é a Beleza infinita. As nossas liturgias terrestres não poderão ser senão um pálido reflexo da liturgia que se celebra na Jerusalém do céu, ponto de chegada da nossa peregrinação na terra. Possam, porém, as nossas celebrações aproximar-se o mais possível dela, permitindo-nos antecipa-la!"

(Homilia do Papa Bento XVI, 12 de setembro de 2008)

Parti desta afirmação do Papa Bento XVI para refletir sobre a sacralidade da Liturgia e sobre a necessidade do Sentido do Sagrado.

Em primeiro lugar, vamos partir da etimologia da palavra "sagrado": significa santo, isto é, separado.

Deus é o três vezes Santo, isto é, o separado de nós que somos as suas criaturas.

Outro significado é "reservado", separado como algo que é "reservado", exclusivo para alguém.

Muitas vezes vemos este termo como negativo.

 Por exemplo, num avião, alguns lugares em executiva são exclusivos, separados dos outros: aqueles que pagaram mais, têm privilégios; e isto, para aqueles que não podem pagar, é visto como algo negativo, uma injustiça, todos nós temos de ser iguais.

Estes são as consequências danosas das ideologias.

 Mas não devemos desviar-nos do que é bom e belo sobre a "separação".

Deus em Gênesis cria separando: a luz da escuridão, o mar do céu, o mar da terra, etc.

Reservar algo para alguém é um ato de amor: "Preparei esta sobremesa para os meus convidados, e reservei-a para os convidados. Não deve ser tocado antes, diz a mãe às crianças, porque vamos comer tudo juntos no final do almoço, para festejar".

O que é separado, reservado, santo, é também e acima de tudo dedicado a Deus.

No Antigo Testamento, o povo judeu reservou os primeiros frutos dos campos a Deus, ou seja, deram a Deus o melhor, o primeiro e o melhor fruto, o mais tenro; ou o cordeiro mais bonito e perfeito foi reservado para o Senhor. Israel dava a Deus o melhor.

Até a Igreja na liturgia quer dar o melhor a Deus, lutando contra a pobreza que pode tornar-se ideologia.

São Francisco disse que "a pobreza deve ficar nos degraus do altar": na verdade queria os mais bonitos copos em ouro e as mais belas vestes ricas em seda preciosa para celebrar a Santa Missa; então, para si mesmo tinha um pobre vestido de juta. Mas a sua dalmática diaconal, São Francisco era apenas um diácono e não um padre, era muito rica e tecida com bordados de fios de ouro.

Não podemos usar um cálice de plástico ou, como estão na moda agora, forjados com materiais pobres ou em formas comuns. Existem cálices de grés (um tipo de cerâmica) que são encontradas em mesas do dia-a-dia, em forma de copos.

E este recipiente deve conter o Sangue mais precioso de Cristo?

 O vaso sagrado que conterá o Sangue de Jesus deve ser feito da forma certa (precisamente cálice, assim uma base, um caule fino com um nó central, é uma copa) com o material mais precioso contido na criação, ouro ou prata, e talvez artisticamente esculpido por um ourives que talvez esculpe as cenas da Paixão de Cristo com base no cálice, como era para o cálice do Santo Cura de Ars.

São João Maria Vianney, patrono e exemplo para todos os padres, foi escolher os melhores tecidos dos ateliers de Lyon com a Condessa, sua benfeitora, para tecer as mais belas vestes. Comprou um grande tabernáculo para a sua pequena paróquia de Ars, destinada à Catedral de Lyon.

E podíamos contar muitos outros episódios.

 A música sacra também tem um papel eminente na liturgia e deve ser acompanhada pelo instrumento principal: canto gregoriano ou o órgão como afirma o documento do Concílio do Vaticano II (Sacrosantum Concilium).

 O Rito da Missa, se celebrado como está escrito no missal, com as posições certas do corpo do padre e as palavras corretas contidas no missal, e não alteradas pela estranha criatividade do padre, através da sua beleza, dignidade e sacralidade, favorecem o espírito de adoração e é a expressão completa da fé católica no Santo Sacrifico.

Agora, se não entendermos que a sacralidade é a base de qualquer celebração litúrgica (da qual não é um simples apoio, mas todo o esqueleto), corremos o sério risco de esquecer, de acreditar em Cristo.

Mas o que é realmente sagrado? E como se expressa na celebração dos ritos sagrados? Para dar uma resposta a estas duas perguntas é necessário referir-se à celebração litúrgica por excelência: a Santa Missa.

O que acontece durante a sua celebração representa o "mistério dos mistérios". Na Santa Missa chegamos, através da revisitação da paixão, morte e ressurreição de Jesus, à Sua presença real no altar que se realiza no momento da consagração. Com a transubstanciação, na verdade Cristo está vivo no altar na Hóstia consagrada. Assim, Jesus, repetindo o seu sacrifício salvífico cada vez, através do padre, desce diariamente entre os fiéis e entrega-se a eles.

 Precisamente tendo em conta isto, uma vez que a Santa Missa é o sacrifício por excelência, é fácil perceber que a sua celebração constitui a maior realização da sacralidade litúrgica. A partir daí pode ser deduzido e argumentado que a Sacralidade acaba por ser um elemento fundador e intrínseco da liturgia da Santa Missa, bem como de todas as outras cerimónias eclesiais.

 

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