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"Amou-os até ao fim"

Lava pés

 

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Reflexão de Pe. Gianni Schido icms

 

"Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus  que chegara a Sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele que amara os seus que estavam no mundo, levou até ao extremo o Seu amor por eles. Durante a ceia, quando o demónio já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o desejo de o trair, sabendo Jesus que o Pai depositara nas Suas mãos todas as coisas e que tinha vindo de Deus e que voltava para Deus, levantou-se da mesa, depôs as suas vestes, pegou numa toalha e enrolou-a à volta da cintura. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que se tinha cingido" .

 

 

No Evangelho do discípulo amado, não encontramos a descrição da Última Ceia já narrada pelos outros evangelistas e por São Paulo na sua Primeira Carta aos Coríntios. Ele detém-se num gesto simbólico de Jesus que explica o que o Senhor está prestes a realizar na “sua hora”, isto é, a de passar deste mundo para o Pai, de dar a sua vida pela salvação do mundo. De facto, este gesto anuncia o que acontecerá pouco depois, na oferta total que Jesus fará de si mesmo aos seus.

“Ele que amara os seus que estavam no mundo, levou até ao extremo o Seu amor por eles”. Isto acontecerá com a sua paixão, morte e ressurreição, antecipadas sacramentalmente no grande sacramento da Eucaristia. Jesus não só nos amará até ao fim da sua vida, isto é, até à morte, mas também até à plenitude e à totalidade do seu amor, até exclamar do alto da cruz: “Está consumado”, isto é, o amor está realizado, é agora completo, total. O dom de Cristo na Cruz e a sua Ressurreição gloriosa tornam-se presentes no Sacrifício Eucarístico em todos os tempos e lugares.

 

Jesus, portanto, antes de realizar o projeto de amor do Pai, realiza este rito simbólico. Inclina-se para lavar os pés dos apóstolos, “os seus”, que Ele conhece bem. Lava os pés de Pedro que o negará, de Judas que o venderá e dos outros que o abandonarão.

Ama-os gratuitamente e até ao fim.

Ora, o gesto de lavar os pés recorda a ação do escravo. Quando se recebia um hóspede, lavavam-se-lhe os pés, porque é a parte do corpo mais exposta à sujidade, ao pó. Deus para libertar o homem faz-se escravo e obediente a este, entrega-se nas suas mãos. Toda a vida de Jesus e, de modo especial, a sua entrega a nós no rito eucarístico e na realização do seu dom total na cruz, representam a humilhação do nosso “Mestre e Senhor” que se inclina para lavar os nossos pés, as nossas misérias. De facto, os pés são as partes mais humildes do corpo. Ele, desde o momento da sua encarnação, partilhou a nossa fragilidade humana, a nossa limitação. Mas não só isso, sobretudo aceitou também caminhar com os pés na terra, isto é, em contacto com o nosso pó. Ao primeiro homem, Deus tinha dito: “és pó e ao pó voltarás”. Com o seu mistério pascal, Ele quer restituir ao homem a condição gloriosa da humanidade na criação do género humano, aliás uma condição infinitamente superior e eterna, de comunhão íntima entre Deus e o homem, tão íntima que chega a partilhar tudo da nossa humanidade, mesmo as consequências da nossa liberdade rebelde, mesmo a partilha do sofrimento que entrou no mundo por causa do pecado, mesmo a limitação de ser pó, de ser pisado e de morrer. Através da Encarnação e da Redenção operadas por Cristo, simbolizadas pela água do lava-pés, a união de Deus com os homens é mais íntima e profunda do que a que Adão e Eva tiveram na criação do mundo. "Desperta, desperta, reveste-te da tua magnificência, Sião, veste as vestes mais esplêndidas (...) Sacode o pó, levanta-te, Jerusalém escrava!".

 

Cristo vestiu-se do nosso pó para nos revestir das vestes mais esplêndidas, as da filiação divina. Para nos lavar os pés é preciso baixarmo-nos, este gesto exprime toda a vida de Cristo, que foi um contínuo baixar, humilhar-se. A salvação parte sempre da iniciativa de Deus, é Ele que, do alto do seu trono, decide descer entre os homens e ser um deles para levar a humanidade às alturas da comunhão filial com Deus, na intimidade divina. De facto, o gesto de lavar os pés é também, como dissemos, um gesto de hospitalidade. “Sabendo que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai”, isto é, que tinha chegado a hora de regressar ao Pai, acolhe os discípulos neste mistério de comunhão, acolhe-os no amor que o Pai tem pelo Filho e que o Filho tem pelo Pai, dando o seu Espírito que é precisamente o Amor Incriado dado e retribuído pelo Pai e pelo Filho. A água é uma referência ao Batismo e a Eucaristia estava prestes a ser instituída pelo Senhor Jesus. Os sacramentos são o modo como entramos intimamente na vida “por Cristo, com Cristo e em Cristo”.

Amados no Filho, no Filho capazes de amar.

 

 Os apóstolos são “seus”. Como Ele sempre os estimou! Mas estes privilegiados do seu coração, Ele deixá-los-ia no mundo, neste mundo mau e perverso que se preparava para deixar, onde encontrariam toda a espécie de dificuldades e perigos. É através dos sacramentos, e de um modo muito especial através da Eucaristia, que somos “seus”, que Ele amou. Porque cada vez que participamos com fé na Santa Missa e recebemos o Corpo de Cristo em nós, também nós somos incluídos nesse amor total até ao fim, do Senhor, que amou os seus que estavam e que estarão no mundo até ao fim dos tempos. Porque somos amados, tornamo-nos capazes de amar e de manifestar na nossa vida o amor do Pai, que agora nos envia ao mundo, para responder com a nossa vida de amor ao mal e ao pecado que nele se espalha, mas que já foram vencidos por Cristo.

 

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