DOSES DE ESPIRITUALIDADE
Cerchiamo di compiere il nostro dovere così come si presenta; questo è il segreto della vera fede e della pace. (B. John Henry Newman)
NEWS
Catequese do Papa Francisco
CATEQUESE DO PAPA FRANCISCO
Secção compilada por Carlos Araújo
Um dos exemplos mais instrutivos é-nos oferecido por Santo Inácio de Loyola, com um episódio decisivo da sua vida. Inácio está convalescente em casa, depois de ter sido ferido numa perna em batalha. Para se livrar do tédio, pede algo para ler. Gostava de contos de cavalaria, mas infelizmente em casa só havia vida de santos. Adapta-se um pouco de má vontade, mas durante a leitura começa a descobrir outro mundo, um mundo que o conquista e parece competir com o dos cavaleiros. Fica fascinado com as figuras de São Francisco e São Domingos, e sente o desejo de os imitar. Mas também o mundo cavaleiresco continua a exercer o seu fascínio sobre ele. E assim sente dentro de si aquela alternância de pensamentos, os cavaleirescos e os dos santos, que parecem equivaler-se.
No entanto, Inácio começa também a notar diferenças – escreve assim: «Pensando nas coisas do mundo - e nas coisas cavaleirescas, entende-se - sentia muito prazer, mas quando, por cansaço, as abandonava, sentia-se vazio e desiludido. Ao contrário, ir descalço a Jerusalém, alimentar-se unicamente de ervas, praticar todas as austeridades que tinha conhecido como habituais para os santos, eram pensamentos que não só o consolavam quando meditava sobre eles, mas até depois de os abandonar o deixavam satisfeito e cheio de alegria» (n. 8)
Nesta experiência, podemos notar sobretudo dois aspetos. O primeiro é o tempo: ou seja, os pensamentos do mundo no início são atraentes, mas depois perdem brilho e deixam vazio, insatisfeito, deixam-te assim, uma coisa vazia. Os pensamentos de Deus, ao contrário, primeiro suscitam uma certa resistência – “Mas não vou ler esta coisa tediosa sobre os santos” - mas quando são aceites trazem uma paz desconhecida, que dura muito tempo.
Eis, pois, o outro aspeto: o ponto de chegada dos pensamentos. No início, a situação não parece tão clara. Há um desenvolvimento do discernimento: por exemplo, compreendemos o que é bom para nós, não de modo abstrato e geral, mas no percurso da nossa vida. As grandes interrogações surgem quando, na vida, já percorremos um trecho do caminho, e é àquele percurso que devemos regressar para compreender o que procuramos. Se na vida se percorre um pouco do caminho, assim: “Mas por que vou nesta direção, o que procuro?”, e ali faz-se o discernimento.
Quando se encontrava ferido na casa paterna, Inácio não pensava de modo algum em Deus, nem em como reformar a sua vida, não. Ele faz a sua primeira experiência de Deus, ouvindo o próprio coração, que lhe mostra uma inversão curiosa: as coisas à primeira vista atraentes deixam-no desiludido, e noutras, menos brilhantes, sente uma paz que perdura no tempo. É isto que devemos aprender: ouvir o próprio coração para saber o que acontece, que decisão tomar, formular um juízo sobre uma situação, é preciso ouvir o próprio coração. Para tomar boas decisões, é preciso ouvir o próprio coração.
Por isso, Inácio sugerirá a leitura da vida dos santos, pois eles mostram de modo narrativo e compreensível o estilo de Deus na vida das pessoas não muito diferentes de nós, porque os santos eram de carne e osso, como nós. As suas ações falam com as nossas, ajudando-nos a compreender o seu significado.
Naquele famoso episódio dos dois sentimentos que Inácio tinha, um quando lia as coisas dos cavaleiros e o outro quando lia a vida dos santos, podemos reconhecer outro aspeto importante do discernimento, já mencionado na semana passada. Há uma casualidade aparente nos acontecimentos da vida: tudo parece nascer de um banal contratempo: não havia livros de cavaleiros, mas apenas vidas de santos. Um transtorno que, no entanto, encerra em si uma possível mudança.
Deus trabalha através de eventos não programáveis por acaso, mas isto aconteceu comigo por acaso, por acaso conheci esta pessoa, por acaso vi este filme, não foi programado, mas Deus trabalha através de eventos não programáveis, e também nos contratempos: “Mas eu devia ir dar um passeio e tive um problema nos pés, não posso...”. Contratempo: o que te diz Deus? O que te diz a vida ali? Dou-vos um conselho, prestai atenção às coisas inesperadas. Quem diz: “Mas eu não esperava isto por acaso”. Ali é a vida que te fala, é o Senhor que te fala ou é o diabo que te fala? Alguém. Mas há algo para discernir, como reajo perante as coisas inesperadas. Mas eu estava tão tranquilo em casa e “toque-toque” vem a sogra, e come reages à sogra? É amor ou é algo dentro? E fazes o discernimento. Enquanto eu trabalhava bem no escritório, um colega vem dizer-me que precisa de dinheiro, e como reagiste? Ver algo acontecer, quando vivemos algo que não esperamos, e ali aprendemos a conhecer como o nosso coração se move.
O discernimento é a ajuda para reconhecer os sinais com que o Senhor se deixa encontrar nas situações inesperadas, até desagradáveis, como foi para Inácio a ferida na perna. Delas pode nascer um encontro que muda a vida para sempre, como no caso de Inácio. Pode nascer algo que te faz melhorar ou piorar no caminho, não sei, mas permanecer atento e o fio condutor mais bonito é dado pelas coisas inesperadas: “Como me comporto diante disto?”. O Senhor nos ajude a sentir o nosso coração e a ver quando é Ele que age e quando não é Ele mas outras coisa.
XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM - 28 de Setembro 2025 - ANO C
«Recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado»
6ª Etapa: PANCOLE/MONTIGNOSO/ CASCIANI
JUBILEU JOVENS FCIM 2025
XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM - 21 Setembro 2025 - ANO C
«Não podeis servir a Deus e ao dinheiro»
Festa da EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ
«O Filho do homem será exaltado»
Com uma pequena doação poderá ajudar-nos a construir a nova Igreja da FCIM dedicada a Nossa Senhora e a São José em Fátima
A revista “Maria di Fatima”
A revista oficial da Família do Coração Imaculado de Maria
Cerchiamo di compiere il nostro dovere così come si presenta; questo è il segreto della vera fede e della pace. (B. John Henry Newman)