DOSES DE ESPIRITUALIDADE
Il Rosario è, da sempre, preghiera della famiglia e per la famiglia. (San Giovanni Paolo II)
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Tornar-se Mãe
Por Zulmira Reis
Quando a irmã Paola me foi propôs este testemunho fiquei apreensiva pois não sabia como o fazer…pois não posso falar da situação em que nos encontramos hoje sem falar da minha mãe integral: preciso de relembrar o passado pois o presente é o seu fruto; a situação em que me encontro e a forma como estou a lidar com ela foi aprendida pelo que vi a minha mãe fazer à sua sogra e à sua mãe durante o tempo que foi preciso e possível.
Cresci no seio de uma família numerosa, sou a quarta de catorze filhos, onze que sobreviveram e ainda estão entre nós, graças a Deus.
Os meus avós e nós morávamos todos na Moita Redonda, uma aldeia de Fátima; as minhas avós ajudavam a mãe, cada uma à sua maneira: a avó Rosa, a paterna, guardava-nos quando a minha mãe tinha de ir com um filho ao médico ou à vacina, ou ao campo e a avó Clementina mandava uma das filhas mais novas para auxiliar a mãe quando estava de resmento e a apoiar nos banhos das crianças ou no que fosse preciso; quase todos os anos nascia um bebé.
O meu pai, Augusto, ia trabalhar e muitas vezes chegava tarde pois ia para o Alentejo e a viagem demorava; tínhamos uma vida bastante humilde; não passámos fome mas recebíamos ajuda como roupas usadas ou leite em pó e tínhamos muitas vezes a visita das Irmãzinhas de Jesus, as irmãzinhas dos Pobres que vinham ajudar a mãe nas tarefas de casa ou entreter-nos com jogos. Depois do 25 de Abril de 1974 o pai emigrou para a Suíça para nos poder dar outras condições de vida.
A mãe foi muitas vezes mãe e pai; o pai à distância, por carta também nos ia educando, com as suas palavras que liamos vezes sem conta, umas vezes porque queríamos, outras porque a mãe mandava ler; sim, a nossa mãe não sabe ler nem escrever, aprendeu as letras e os números mas não aprendeu a ler porque teve de ir ajudar a sua mãe a cuidar dos irmãos. Então para se comunicar com o marido ditava-nos as cartas; respondia às perguntas que o pai fazia na carta anterior ou dizia se já tinha resolvido o assunto falado no raro telefonema que fazia para o Café onde tinha de esperar que o telefone tocasse para si porque naquela altura não tínhamos telefone, nem televisão como alguns…mas tínhamos água na torneira e electricidade e brinquedos para brincarmos no nosso pátio com os vizinhos que se juntavam a nós. A minha mãe preferia que viessem para nossa casa do que fossemos para casa dos vizinhos… podíamos brincar depois dos deveres escolares feitos, de ter ajudado os irmãos nos seus deveres, de ajudar a preparar o jantar, guardar os animais e entreter os irmãos mais novos para a mãe poder fazer mais alguma coisa. Também ajudávamos os nossos avós quando era o tempo das colheitas. Apesar de não saber ler nem escrever foi a mãe que ensinou todos os filhos no primeiro ano da escola: sentada ao nosso lado ia ajudando a fazer os trabalhos de casa que a professora mandava. No final do dia, depois de jantar rezávamos o Terço pelas alminhas do purgatório, para que Nossa Senhora guardasse o pai, na Suíça, pela conversão dos pecadores e pela paz no mundo.
continua
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