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Mãe da minha MÃE, Maria do Rozário (parte III)

Tornar-se Mãe

Por Zulmira Reis

Depois de confirmada a doença foi a tomada de consciência na família: Como agir?

Vale-nos muito a ajuda do especialista e da nossa cunhada que é enfermeira e nos vai dando pistas.

Depois de alguns sustos e porque não aprendeu a usar o telemóvel adquirimos um sistema localizador que traz sempre consigo para que tenha autonomia e se desloque sem que fiquemos preocupados quando não sabemos onde vai ou a consigamos encontrar e perceber o que fez; o sistema avisa-nos quando se afasta da zona onde mora.

 Tentamos retomar as rotinas anteriores à pandemia, lembrá-la das actividades, da ida diária à missa que tanto gostava. Quando não vai de manhã, lembro-a se quer ir mais tarde e vou lá busca-la; por vezes já não quer ir, de desinteresse ou alheamento… outras vezes está todo o dia à minha espera para ir comigo e eu não sei…não tínhamos combinado… (vale-nos sempre algum dos filhos que lá passa e partilha como está no grupo que temos só de filhos e cônjuges). Somos muitos, presentes mesmo na distância!

Recorremos também a um projecto inovador da Santa Casa da Misericórdia de Fátima (Projeto EMMILEA) que nos apoia ao domicílio uma vez poe semana que a estimula a nível cognitivo e psicológico e nos apoia a nós na melhor forma de agir.

Ajudamos a reabrir o Centro de Apoio a Idosos da Associação Cultural da Moita Redonda, que abre duas tarde por semana e está a entrar devagarinho na nova “normalidade” onde temos de investir pois é o ponto de encontro dos idosos, além da missa dominical.

E no meio de tudo o que tento fazer constato que estou a apoiar a minha mãe a “APRENDER A DESAPRENDER”, eu, que na minha vida profissional sempre estimulei as crianças a “aprender a aprender”.

É um misto de dor, de nostalgia mas ao mesmo tempo entrego-a no regaço de Nossa Senhora para que Ela a guarde e a ampare na sua velhice… e nos dê a capacidade de a acompanhar nesta etapa da sua vida.

Uma semana por mês sou eu que lhe dou a medicação de manhã e à noite; nessa semana procuro acompanha-la na ida à missa, tento ocupá-la para que esteja menos só, vamos visitar alguma pessoa de que gosta, visitamos o seu quintal vezes sem conta, levo-lhe o jantar, lembro-a de fazer o almoço e deixo-lhe as coisas a jeito. Para que realize as rotinas, lembro-a das actividades desse dia e na hora da actividade volto a lembra-la ligando-lhe e se não atende, volto a sua casa. Tenho facilidade em deslocar-me e tenho disponibilidade porque neste momento não tenho um horário a cumprir. Quando posso, peço aos meus filhos que sejam eles a irem a casa da avó dar a medicação e estar um bocadinho com ela: fica muito feliz e no dia seguinte fala-me da visita dos netos…

Fui aprendendo que quando tem uma ideia fixa, naquela altura não vale a pena contrariar, dizer que não é como diz quando está “alterada”. Por mais que custe, sei que é a demência a tomar espaço…prefiro acarinhá-la, não valorizar esses momentos e depois quando volta a estar “mais cá connosco” falar um bocadinho sobre o assunto que a fez despoletar essa “alteração”; quando consigo, consigo e se não consigo, deixo correr como vai o seu pensamento… Por enquanto são mais as vezes que consigo; dou graças a Deus por isso!

Entre irmãos, conversamos e ajudamo-nos uns aos outros, partilhamos a nossa dor e consolamos a nossa mãe realizando-lhe os seus desejos ou preparando-lhe o que é preciso para que faça aquilo que sabemos que gosta como lavrar a terra para poder fazer as suas plantações…

Reunimo-nos muitas vezes à volta da sua mesa, cada um leva algo para partilhar e a mesa fica recheada e a casa cheia de vida com os primeiros bisnetinhos e os últimos netinhos, as crianças e os jovens e os adultos; e se o sol brilha fica a rua cheia de vida…tão bom!

Há sempre um irmão mais brincalhão que consegue desanuviar o ambiente, outras vezes um mais atento que chama a atenção para algum pormenor importante…

É a nossa missão de filhos, estar atentos, acompanhar, acarinhar…

Quando está bem, a nossa mãe diz-nos que se for preciso, a coloquemos num lar; tranquilizamo-la dizendo que não é preciso nesta altura, que a queremos connosco e que não é um fardo como por vezes nos diz. Custa muito escutar estas palavras da nossa mãe; ela que dedicou toda a sua vida ao marido, aos filhos, a nós, a mim…

Dou Graças a Deus pelos pais que tenho, e que eu saiba cuidar da minha mãe como ela cuidou de mim!

 

 

 

 

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