Santa Luzia

Santa Luzia

Nada me poderá separar do amor que tenho ao Senhor Jesus Cristo

 Luzia nasceu em Itália, mais precisamente em Sicília, numa família nobre e crente.

Após a morte do seu pai, a mãe incentivou-a a casar com um jovem não cristão. No entanto, Luzia não queria, uma vez que muito cedo, e em segredo, tinha oferecido a sua virgindade ao Senhor.

A certa altura, aproveitando o facto da sua mãe estar bastante doente, propôs-lhe que fossem ao túmulo de Santa Ágata e, no caso da mãe ficar curada, então seria a confirmação de que não deveria casar.

Junto ao túmulo, Deus permitiu que ela visse Ágata entre os anjos e que esta lhe dissesse: Luzia, minha irmã e virgem do Senhor, porque me pedes a mim o que tu mesma podes fazer? A tua fé serviu de grande benefício para a tua mãe, que ficou curada…Nosso Senhor Jesus Cristo apreciou o teu desejo de castidade...

A sua mãe ficou curada e Luzia partilhou com ela o seu grande desejo de se consagrar a Deus e distribuir os seus bens pelos pobres. A mãe deu-lhe então permissão para o fazer.

O pretendente de Luzia revoltado com o seu comportamento decidiu denunciá-la como cristã. Apesar de todas as tentativas para que ela desistisse dos seus votos de castidade e prestasse sacrifício aos deuses, Luzia afirmava:

É inútil que insista. Nada me poderá separar do amor que tenho ao Senhor Jesus Cristo.

 Adoro a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometi amor e fidelidade.

 Como resultado da perseguição cristã que se vivia na altura, Luzia foi ameaçada que seria abusada sexualmente, no entanto continuava a dizer que não iria ceder à concupiscência da carne e que qualquer violência que seu corpo tivesse que sofrer, continuaria casta, pura e incontaminada no espírito e na mente, dizendo:

O corpo fica poluído somente se a alma consente.

 Milagrosamente, mesmo com as mãos e os pés atados, os soldados não conseguem levá-la, nem tão pouco arrastá-la, embora recorrendo à força de alguns bois para a puxarem. Perante a situação, a jovem foi mandada queimar, mas mesmo assim ela continuou viva, sendo, posteriormente, decapitada a 13 de dezembro de 304.

Conta-se que Santa Luzia ficou conhecida como a Santa protetora dos olhos, uma vez que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os aos soldados, por preferir isso a renegar a fé. Desta forma, Deus, com um milagre extraordinário, devolveu-lhe outros dois olhos sãos e perfeitos para recompensar a sua virtude e fé.

 Santa Luzia rogai por nós!

 Baseado em: www.vaticannews.va

Mónica Santana Barroca