Uma DOAÇÃO sem FIM

Por Mónica Martins

«Eis a tua Mãe». É o testemunho do Senhor. Que mais podia Ele dar-nos? Deu-se-nos a Si mesmo e deu-nos Sua Mãe: Nossa Senhora, a vitoriosa, a todo-poderosa, a quem o Filho não sabe negar graça alguma.

A um santo, no momento em que estava a morrer, perguntaram: «Que vês tu?». Respondeu: «Vejo duas Mães, a Mãe do Céu e a mãe da terra».

Todos temos duas mães: amor perene que vigia, que compreende, que perdoa, que cura, que guia, que aconselha.

Meditando neste pensamento nasce a gratidão ao Senhor que se doou a nós inteiramente até ao fim doando a própria vida e no momento de maior sofrimento da Sua Paixão doou-nos a Sua Mãe.

A mim o Senhor doou-me também o grande dom da maternidade e com este dom me leva a percorrer a estrada para o céu. Ser mãe é viver esta doação total em cada dia, deixar-se comer, como o pelicano que se faz de alimento para os seus filhinhos ,como Jesus na Eucaristia.

É com a Mãe do céu, que a mãe da terra aprender a doar-se, Ela é a mestra. É Nela que a doação acontece, sem qualquer mérito próprio, por meio do Seu Imaculado Coração configura o coração de cada mãe da terra no Seu Coração, tudo assim é fecundado porque é feito com Seu Amor. Tudo é graça!

O Senhor confio-me o dom da maternidade com oito filhos que são Seus. Três intercedem já por nós no céu, cinco me estão confiados na terra os quais devo zelar para que um dia voltem á casa do Pai. Três Raparigas e dois rapazes, todos com personalidades diferentes cada um com o seu feitio, para cuidar e educar cada um é preciso muita paciência e sabedoria que peço a Jesus e a Maria que me deem a cada dia.

Não nasci mãe, nem pensava ter tantos filhos, mas graças a Deus, os Seus desígnios de amor superaram a minha vontade. Quando segurei ao colo a primeira filha, percebi que brotava do coração um amor por ela que era maior que por mim mesma, nos primeiros dias não dormia com medo que aquela pequenina deixasse de respirar e eu não ouviria, e assim aconteceu com todos os outros, dormimos quase acordados com o ouvido desperto ao cuidado que é preciso. Com a vida de cada filho que chegava fui morrendo ao próprio egoísmo, levou-me a um maior esquecimento de mim mesma , das minhas vontades e necessidades, pensando sempre primeiro nas necessidades de cada um, e o que é melhor para todos, o quê os faz mais felizes.

Tantas e tantas às vezes sinto a impotência, a fragilidade, as minhas imperfeições como mãe, mas creio que assim é para colocar sempre mais a Mãe do Céu a frente de tudo. Ao Seu Coração Imaculado consagrei todos os filhos que o Senhor me confiou, para que os proteja, os ilumina, os instrua na fé e os leve a amar muito Jesus e os conduza ao Céu.

A Ela consagro também o dom da maternidade, para que nesta doação os meus filhos recebam não só o amor da mãe da terra mas o Amor da Mãe do Céu, e o Amor de Deus.